ARTIGO CIENTÍFICO SOBRE "CURRÍCULO'
UNIVERSIDADE DA
MADEIRA
SEMINÁRIO
PREPARATÓRIO DE ACESSO AO MESTRADO EM EDUCAÇÃO
ÁREA DE INOVAÇÃO
PEDAGóGICA
ZAIRA PEREIRA
O CURRÍCULO NO
CONTEXTO CULTURAL
Trabalho apresentado ao seminário
Correntes Críticas do Currículo, como requisito de avaliação, orientado pela
Professora Doutora Liliana Rodrigues.
PETROLINA/PE
2012
O Currículo no
Contexto Cultural
Zaira Pereira
RESUMO
A
sociedade está em constante mudança, as suas esferas de sustentação mostram que
os processos de enriquecimento individual de cada ser devem estar acompanhados
dessas transformações. Uma dessas esferas, a escola, tem como forma
caracterizante a explosão e o choque cultural de seus indivíduos, ela é
responsável pela constituição de valores éticos, morais e norteadores de
professores e alunos que interagem almejando aprender caminhos para a vida e
conseguir olhar para os outros com foco multicultural. O presente artigo tem
como finalidade envolver os conceitos teóricos do que é Currículo, como ele tem
transformado as diretrizes escolares e qual o seu papel diante da visão
cultural da escola e das pessoas que trazem uma bagagem e historicidades de
onde vêm. Para reforçar essas questões foi fundamental utilizar as ideias de
Apple (2008), Moreira (1955), Mclaren (1997), Giroux (1997), Silva ( 2011).
Dito isso entende que o currículo é a forma encontrada e estudada pelos amantes
da educação que visam entender as diversas formas que a cultura se insere na
escola para que com ela seja ensinado as diferenças e as igualdades que cada um
deve trazer e levar consigo. Isso se deve a um único fator que é a inconstância
das coisas, nada é inerte. Todas as coisas possuem modificações, o currículo
por sua vez tem se modificado cada vez mais com o intuito de condicionar aos
profissionais diretrizes que os norteei na difícil e prazerosa tarefa de
educar.
Palavras-Chaves:
Currículo, Educação, Cultura, Escola.
ABSTRACT
Society is changing, their spheres of support show
that enrichment processes of each individual being must be accompanied these
transformations. One of these spheres, the school has the shape characterizing
the explosion and the culture shock of her subjects, she is responsible for the
formation of ethical, moral and guiding teachers and students to interact in
order to learn ways to life and get look for others with multicultural focus.
This article aims to involve the theoretical concepts of the curriculum that
is, how it has transformed the school guidelines and what their role in the
cultural vision of the school and the people who bring with them a baggage
historicities and where they come from. To reinforce these issues was essential
to use the ideas from Apple (2008), Moreira (1955), McLaren (1997), Giroux
(1997), Silva (2011). Having said this meant that the curriculum is the form
found and studied by lovers of education that aim to understand the various
ways that culture is part of the school to which she is taught with the
differences and equalities that each should bring and carry. This is due to a
single factor that is the inconstancy of things, nothing is inert. All things
have changes, the curriculum in turn has changed increasingly aiming to constrain
the professional guidelines that norted the difficult task of educating and
enjoyable.
Key Words: Curriculum, Education, Culture, School.
1 INTRODUÇÃO
A sociedade busca nas suas relações
cotidianas aprimorar a forma de vivência entre os seres. São os pilares sociais
que indicam como devem ser esta vivência e eles existem justamente para isso. A
religião e a educação são vistas como os pilares primordiais na busca da
pluralização de identidades. Nesta segunda, existem parâmetros que são
estudados até hoje com o objetivo de chegar a um bem comum no ensino: O
currículo.
O
currículo é o resultado de um processo de construção social, onde se busca
destacar os aspectos da construção da identidade e da subjetividade, vez que os
alunos são os resultados dos efeitos da linguagem e daquilo que vivenciam no
cotidiano.
Quando
se trata de formar cidadãos preocupados com a diversidade de gêneros, etnias,
formas de viver em geral, percebe-se que os currículos evidenciam a preocupação
em interdisciplinar, em envolver o conhecimento de forma a agregar valor nessa
concepção. Não se pode excluir desses critérios, porém que antes de tudo
existem as duas formas de conhecimento o tradicional que a escola tenta levar
até o aluno, mostrando e acentuando sua importância enquanto detentor do saber
e aquele conhecimento do cotidiano, o saber rústico, aquele que dá forma às
razões da escola, pois é da maneira como ele foi ( e é) estruturado que se
consegue vê o reflexo que aquele pode ganhar na sociedade.
Implicitamente
afirma-se que a junção dessas duas formas de conhecimento leva os alunos e
todos que se envolvem no contexto escolar a importância que a identidade
cultural tem dentro da escola, a subjetividade, a forma de centralizar as
inúmeras diferenças podem ser refletidas nas práticas de salas de aulas, e essa
é a grande perspectiva de um currículo: trazer para a prática o que na teoria é
imensamente bem elaborado e indispensável nas relações plurais.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Currículo: Ideologia ou
realidade ?
Falar
de currículo sugere algumas indagações: O que é Currículo? Para que serve o
currículo? A quem se destina? Como trabalhar o currículo? Essas indagações e reflexões são antigas e atuais, tanto que
estudiosos tem tratado deste assunto como uma palavra de concepção ampla,
abrangente e que sugere várias possibilidades.
Em
verdade quando se fala em aperfeiçoar a qualidade do ensino, de elevar os
índices de aprendizagem, pensa-se de imediato em fazer considerações ou
modificações curriculares com o
propósito de alcançar melhorias.
Etimologicamente,
a palavra currículo provém do latim “curriculum” que significa “pista de corrida”. Mais adiante nos anos 70
Wiliam Pinar, partindo do sentido original, atestou que este deriva do latim
“currere” que significa correr.
Os
primeiros estudos teóricos sobre currículo iniciou-se com Bobbitt em 1918, com
sua obra “ The Curriculum” em que definia o currículo como uma fábrica, onde os
alunos são processados como produto fabril. Aqui no Brasil, a primeira
publicação aconteceu nos anos de 1950, com a introdução do Estudo do Currículo
da Escola Primária, de João Roberto Moreira, (1955).
Emerge
assim as várias definições as quais se encontram no colóquio do ambiente do
saber que é a escola, onde se busca aperfeiçoar as concepções curriculares,
conforme sugere Michael W. Apple (2008,pág 28) :
Durante a maior
parte deste século, a educação em geral, e a área do currículo em particular,
têm dedicado uma boa dose de sua energia à busca de uma coisa específica: um
conjunto geral de princípios que oriente o planejamento e a avaliação
educacional.
Nessas
reflexões feitas por pensadores e estudiosos, percebe-se a importância da
relevância do currículo e o inegável potencial que possui, no contexto escolar,
social e cultural e, por isso torna-se alvo de mudanças e transformações
constantemente, pois o mesmo sempre se
encontra no centro da ação educacional.
Mclaren
(1997, pág 216), afirma que:
[...] o currículo
representa muito mais que um programa de estudos, um texto em sala de aula ou o
vocabulário de um curso. Mais do que isso, ele representa a introdução de uma
forma particular da vida; ele serve em parte para preparar os estudantes para
as posições dominantes ou subordinadas na sociedade existente.
Isso
implica dizer que o currículo vai além do conhecimento, pois possibilita
trabalhar e vivenciar diferentes aspectos da cultura, a escola e o currículo
constantemente recebem influências poderosas, visto que o mundo sofre
modificações e com isso os desafios que surgem norteiam a sociedade e esses
permeiam a comunidade, os professores, os alunos e todos os envolvidos no
processo.
O
currículo é, por consequência, um instrumento fundamental de efeito no processo
de construção da identidade dos alunos, ou seja, um conjunto de práticas onde
os significados são construídos, conforme assegura Williams ( 1984) como
escolhas que se fazem em vasto leque de
possibilidades, ou seja, como uma seleção da cultura, podemos concebê-lo também
com conjunto de práticas que produzem significados.
Nessa
dinâmica pode-se dizer que o currículo não é apenas um mero instrumento da
educação, conforme percebe Moreira (1997, pág 9):
Um artefato social
e cultural, cuja história vincula-se às formas de organização da sociedade e da
educação, com imbricações com o poder, com o controle e com a eficiência
social, não sendo[....] um elemento inocente e neutro de transmissão do
conhecimento social.
Diante
dessas considerações, percebe-se que o currículo passa por um refinamento de
conceito em que não prevalece a neutralidade ou a imparcialidade, por ser o
mesmo, um instrumento de poder, por estar constantemente envolvido em relações
de poder, conforme assegura Silva ( 2011,pág 133), quando afirma:
A cultura é um
campo de produção de significados no qual os diferentes grupos sociais,
situados em posições diferenciados de poder, lutam pela imposição de seus
significados à sociedade mais ampla. A cultura é, nessa concepção, um campo
contestado de significação. O que está centralmente envolvido nesse jogo é a
definição da identidade cultural e social dos diferentes grupos.
Portanto,
percebe-se que a cultura conforme foi definido como sendo um campo que atua de
forma ampla e abrangente, vez que, enfatiza e corresponde as mais variadas
formas e modos de vida onde estão imbuídos valores, e significados preconizados
pelos diferentes e variados grupos a exemplo de classes sociais, nações,
culturas regionais, grupos étnicos entre outras. Nessa dinâmica a cultura dá
enfoque a visão de mundo de um determinado grupo social.
2.2 Escola: Espaço Disseminador De
Cultura
A
escola tem um papel social muito importante voltado para a preparação e a
formação de indivíduos aptos para trabalhar e entender o que a minoria,
detentora do poder, quer. Essa alienação advinda da teorização da escola vem
dos desejos do Estado que são ofuscados, revelando que a dominação da massa
nunca deixou de ser a maneira pela qual o ser humano torna-se inconsciente da
sua própria história.
Na
escola os alunos deparam-se com incontáveis datas comemorativas, dia do índio,
dia da bandeira, dia da independência entre outros. São histórias contadas pelo
povo brasileiro que traz em sua bagagem um pouco dos acontecimentos ocorridos
na terra prometida quando ainda era apenas uma terra nova e desconhecida.
Esses
dias comemorativos é uma forma de exemplificar a forma de dominação e opressão
cultural existente nas escolas. Por que, por exemplo, o dia do índio não pode
ser comemorado em uma aldeia? Para que reflita por suas práticas como foi arquitetada
a história desse povo? Porque não se pode a cada ano visitar uma tribo
diferente? Como eles vieram parar aqui?
O que eles sabem do descobrimento do Brasil? A mesma coisa que é dita na escola?
A representação cultural estabelecida é
errônea, pois não leva em consideração a cultura que os alunos e até mesmo os
professores trazem como experiências. Compreender esse erro requer uma análise
histórica muito grande e complexa porque o problema a ser analisado não é como
a estrutura escolar chegou até aqui e sim como as verdadeiras intenções da
escola podem mudar o cenário atual.
Giroux
(1997) percebeu em suas análises que existiam discursos sobre as práticas
pedagógicas que deixavam a desejar por isso que evidenciou a sua opinião da
seguinte forma:
Primeiramente, eu
gostaria de investigar aquelas formas de discurso e prática educacionais que
produzem verdadeiras injustiças e desigualdades através de uma estruturação
particular das experiências pedagógicas. Em segundo lugar, gostaria de ir além
da linguagem da análise crítica e , assim, analisar a possibilidade de construírem-se
formas de práticas pedagógicas que permitem que professores e estudantes
assumam papel crítico e reflexivo de intelectuais transformadores.
A
escola, devido ao seu contexto construtor, está ligado às formas com que a
cultura aparece nos campos educacionais, por não ser algo singular, a cultura
pode ser analisada pela concepção de que o mundo cultural e social torna-se, na
interação, naturalizado: sua origem social é esquecida. A tarefa de análise
cultural consistente em desconstruir, em expor esse processo (SILVA, 2011),
ambos estão inteiramente envolvidos com a dominação social.
Silva
(2011) aborda a relação de escola e cultura de forma abrangente e perspicaz,
quando afirma que
Tanto a educação
quanto a cultura em geral estão envolvidas em processos de transformação da
identidade e da subjetividade. Agora a equiparação está completa: através dessa
perspectiva, ao mesmo tempo que a cultura em geral é vista como uma pedagogia,
a pedagogia é vista como uma forma cultural: o cultural torna-se pedagógico e a
pedagogia torna-se cultural. É dessa perspectiva que os processos escolares se
tornam comparáveis aos processos de sistemas culturais extraescolares.
2.3 Cultura Como Fator Social
A
forma como a cultura é abordada no Brasil tem caráter plural, até porque as
influências estrangeiras que predominaram por aqui são fortes e foram muito
fixadas durante todos os anos. Essa condição cultural da nova sociedade é
responsável pelas diversas formas de expressões contidas na história de um povo
o que acaba refletindo na realidade tornando-a conflitante e ao mesmo tempo instigante.
Essa
realidade é conflitante porque a cultura diz respeito a uma característica
intrínseca do ser humano, apenas o indivíduo pode expressar o que lhe é imposto
pelas esferas sociais por isso que conviver com vários indivíduos que trazem na
bagagem outras culturas históricas é no mínimo contraditório assim como conviver
com o diferente e o novo não é fácil nem aceito de imediato. Por outro lado é
instigante uma vez que ao mesmo tempo em que a cultura é expressa
individualmente, o seu desenvolvimento e as formas de exteriorizá-las é feita
de modo coletivo.
Quando
se fala em cultura, assemelha-se a palavra aos modos de artes vigentes na
sociedade, como por exemplo, a música, o cinema e o teatro, entretanto ela é
muito mais que isso, porque engloba no seu ímpeto as formas que o homem
desenvolveu para a sua sobrevivência, a inteligência que abarcou para formar
uma sociedade e unir os anseios de um povo em um só modo de vida.
E isso pode ser comparado às teorias Marxistas
em uma época onde o trabalho humano, braçal, era valorizado. Marx percebeu que
por mais que o individuo quisesse mudar e ser diferente, a convivência com outras pessoas e a dominação dos
detentores de poder, o tornavam igual a todos.
Marx via a sociedade e toda a mudança existente no seu viés algo
realizado pela ação humana e não resultado da contemplação do materialismo e da
reformulação das formas de expressão. Essa realização da ação humana é
correspondente a todo indivíduo, pois a reprodução da existência física dos
seres humanos e como eles estabeleciam e produziam seus meios de vida são formas
de expressão homogêneas adquiridas por todos no meio social em que se insere.
QUINTANEIRO (2000).
Douglas
(2004) afirma com sabedoria os valores e a intenção que a cultura traduz na
sociedade quando diz que:
A cultura, no
sentido dos valores públicos, padronizados, de uma comunidade, serve de
intermediação para a experiência dos indivíduos. Ela fornece, antecipadamente,
algumas categorias básicas, um padrão positivo, pelo qual as ideias e os
valores são higienicamente ordenados. E, sobretudo, ela tem autoridade, uma vez
que cada um é induzido a concordar por causa da concordância dos outros.
Produzir
essa base cultural frente às diferenças de identidade que floram cada vez mais
no âmbito social, é algo complexo principalmente quando se pensa nas questões
históricas que fizeram do mundo multicultural. Mas o que seria esse
multiculturalismo? A que ideias e valores ele estaria atrelado? A ideia de
diversidade, as inúmeras formas de ser e conviver é que fixam a ideia do
pluralismo cultural, até porque para as instituições que precisam em seu ser
trabalhar com pessoas diferentes, o respeito pela heterogeneidade deve ser,
obrigatoriamente, o primeiro de todos os deveres.
Quando
essa base é levada para o contexto escolar percebe-se que a forma de lidar com
o multiculturalismo tem mudado constantemente. A vida escolar deve ser
conceitualizada como arena repleta de contestação, luta e resistência. (GIROUX,
1997). Por isso que a reformulação dos conceitos curriculares incumbidas nas
Leis e Diretrizes de Base para a Educação fundamentada na democracia, no
direito de ter direito instituída nas escolas do país diz por meio da lei nº
9.394/96 que com uma base Nacional
Comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento
escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e
locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela, fortalecendo a necessidade de compreender a concepção da
realidade.
A escola deve ser portanto, o local essencial para o desenvolvimento das bases
criticas e questionadoras da sociedade onde o viver é um jogo de identidades
heterogêneas particuladas no objetivo social que é aprender a conhecer, a
fazer, a viver e principalmente a ser. Esses princípios elaborados pela UNESCO
transformaram o espaço escolar em um ambiente responsável pelos vários
encontros de culturas diários, os professores, alunos e todos que compõe a
escola, devem conviver com as diferentes identidades, unificando-as para um bem
comum: aprender. Essa análise permite indagar: De onde vem essa análise social
presa a conceitos pré-estruturados capaz de alienar identidade e diversidade?
A
questão da identidade, da diferença e do outro é um problema social ao mesmo
tempo que é um problema pedagógico e curricular. É um problema social porque,
em um mundo heterogêneo, o encontro com o outro, com o estranho, com o
diferente é inevitável. É um problema pedagógico e curricular não apenas porque as crianças e os jovens ,
em uma sociedade atravessada pelas diferenças, forçosamente interagem com o
outro no próprio espaço da escola, mas também porque a questão do outro e da
diferença não pode deixar de ser matéria de preocupação pedagógica e
curricular. (SILVA,2000).
A
cultura é o ponto de encontro das pessoas, é ela que possui a força social, o
poder de mudança e quando esta se associa com a força que a escola detém de
formar e reformular as ideias como um todo. As relações tornam-se mais
construtivas, com objetivo, menos opressiva e principalmente emancipadas das
ideias generalizadas pela falta de conhecimento, pela falta de saber lidar com
as inúmeras identidades. A vida escolar pode ser uma pluralidade de discursos e
lutas conflitantes, um terreno móvel no qual as culturas da escola e da rua se
chocam e os professores e estudantes, às vezes, resistem à forma como a
experiência e as práticas escolares são denominadas e realizadas. (GIROUX,
1997).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das distintas concepções sobre currículo, da
relevância que o mesmo tem dentro do contexto pedagógico e ainda das múltiplas
constatações da presença da cultura em todas as atividades e ações pedagógicas,
percebe-se a possibilidade de entrelaçamento entre essas visões e como elas se
inserem dentro do contexto da sociedade.
O processo educativo é dinâmico e flexível já
que ele propicia a interação de todas as formas culturais presentes no seu
âmbito. Para isso atrela-se o currículo como fonte indicadora de quais caminhos
devem ser seguidos, como segui-los e quais objetivos obter com esse parâmetro
educacional. Dito isso se afirma que a
cultura é algo que lapida o individuo, o transforma a partir da visão de mundo
que dela detém. O currículo por sua vez, mostra quais caminhos essa cultura
pode levar e o que precisa ser acrescentado a ela. Paulo Freire (1963) conjuga
essa relação afirmando que a cultura- deve ser vista como acrescentamento que o
homem faz ao mundo que ele não fez. A cultura como resultado de seu trabalho.
De seu esforço criador e recriador. O homem, afinal, no mundo e com o mundo,
como sujeito e não como objeto.
REFERÊNCIAS
APPLE,
Michael W. Ideologia e Currículo. 3º
ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006.
DOUGLAS,
Mary. Mundo dos Bens. Rio de
Janeiro: Ed: UFRj, 2004.
FREIRE, Paulo. Conscientização e Alfabetização: Uma nova visão do processo. Revista
da Cultura da Universidade do Recife. Nº 4; abril-junho 1963
GIROUX,
Henry A. Os Professores Como
Intelectuais: Rumo a Uma Pedagogia Crítica da Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
MOREIRA,
A.F.B. Currículo: questões atuais.
Campinas, São Paulo, 1997.
QUINTANEIRO,
Tania. Clássicos da Sociologia. Belo
Horizonte. UFMG, 2000.
SECRETARIA
DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais:
introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 2 ed.
Rio
de Janeiro: DP&A, 2000
SILVA,
Tomaz Tadeu (org.). Identidade e
Diferença: A Perspectiva dos Estudos
Culturais. Petropólis, RJ: Vozes, 2000.
Documentos de Identidade: Uma Introdução às
Teorias do Currículo. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica,
2011.
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